Hospital da Cidade

- Pronto! Boa Noite....amo-te óh doutor... - ri-me.

Sorri-lhe.
Voltei a deitar a minha cabeça sobre os meus braços.

Retribuí o sorriso a Martin.
Aconcheguei o meu corpo nos lençóis, fechei os olhos e o cansaço tomou conta de mim.
Adormeci pouco depois.

Quando acordei Jaz ainda dormia, como ela fazia anos hoje, sai do quarto.
Fui á florista e comprei um ramo com rosas vermelhas.
Pousei-o em cima da sua cama, á espera que ela acorda-se. Sentei-me na cadeira.

Acordei quando uma pequena luz solar coincidiu com os meus olhos. Levei as māos à cara e esfreguei-os, como que a obrigá-los a manterem-se abertos. Olhei para o lado e vi um ramo de rosas vermelhas sobre a minha mesinha de cabeceira. Esfreguei os olhos novamente, para ter a certeza de que nāo estaria a delirar. Peguei no meu telemóvel e vi que dia era...hoje era o meu aniversário.
Boa! Faço anos e estou fechada num quarto de hospital...
Olhei para a cadeira onde Martin dormira e reparei que já estava acordado. Ajeitei-me na cama, sentando-me. Ajeitei o cabelo e sorri-lhe.
- Bom dia !

Sorri-lhe:
- Bom dia, dorminhoca. - ri-me. - Parabéns! - sorri.

- Nem me lembres...- bufei.- Estou fechada num quarto de hospital, estou a ficar velha e feia...- suspirei olhando-o.

Ri-me:
- Cala-te, tudo não sabes de nada.
Peguei no seu telemóvel e tirei o número de Jullie, para lhe mandar mensagem a dizer que Jaz estava comigo.

- Se tu nāo estivesses aqui comigo acho que já me tinha atirado pela janela.- soltei uma gargalhada. olhei para as rosas, retirei uma rosa do ramo e cheirei-a.- Sāo lindas obrigada...- sorri. Fiz sinal com o meu polegar para que ele se aproximasse.- O meu beijinho?- perguntei fazendo beicinho.

Sorri-lhe:
- De nada.
Inclinei-me sobre ela e beijei-a levemente.

Retribuí o beijo, apesar de necessitar de muitos mais.
- Entāo e o que vais fazer hoje? -perguntei.
Olhei para ele atentamente, tentei ajeitar-me na cama mas uma dor terrível impediu-me de o fazer. Tentei controlar mas em vāo

Sorri-lhe:
- Talvez ficar aqui contigo. - disse.
Ouviu gemer de dor, e fiz-lhe cara de mau.

Olhei para a cara de Martin quando gemi de dor.
- O que foi? - pendi a cabeça para trás e tentei controlar as dores.
Respirei fundo e lá consegui endireitar-me. Senti a minha barriga reclamar com a fome, mas tentei disfarçar o barulho, pois não queria que Martin percebesse.

Quando chegamos ao hospital, um paramédico veio ter connosco.
- Sabem me dizer o nome do rapaz e da rapariga que iam no carro ? Vocês conheciam-se ?
Abanei a cabeça fazendo sinal que sim, a palavra 'conheciam' ficou na minha cabeça, olhei para Ryan.

Anne ainda estavaem panico, afaguei-lhe o braço para lhe dar força para falar. Anne fez sinal que sim com a cabeça e o médico pedio para os acompanhar-mos até às camas onde eles estavam. Já estavam tratados mas dormiam sobe o efeito do medicamento que lhes era injectado nas veias com o soro. Quando lá chegamos tanto eu como Anne entra-mos em estado de choque quando vimos Vivian deitada na outra cama.

Olhei para o médico:
- Ahhh... Tom... Tom Bulter e Vivian Caroline... - acabei por dizer, o médico apontou e foi-se embora.
Aproximei-me da cama de Tom, passando a mão levemente na mão dele.

Acompanhei Anne até perto deles, passando-lhes a mão na mão deles e deixando cair pequenas lágrimas sobre a sua face branca e macia. À medida que estas caiam eu ia-as limpando com o meu polgar. Por fim, sentei-me no sofá que se encontrava ao fundo do quarto com Anne ao meu lado. Limpei-lhe as lágrimas mais uma vez e abracei-a.

Levantei e sentei-me ao colo de Ryan, fazendo-lhe um pequeno sorriso.
- Obrigada. - agradeci-lhe.
Beijei a sua face.

- Não precisas de agradecer amor. - beijei-lhe a testa, os olhos, a ponta do nariz e finalmente is seus lábios. Aconcheguei Anne ao meu colo e esta encostou a sua cabeça ao meu peito. Fiz-lhe festas bo cabelo durante algum tempo enquanto cantarolava uma música calminha até que ela adormeceu. Pendi a cabbeça para trás encostando-a ao sofá e acabei por adormecer pouco depois também.

Acordei com os raios de sol a baterem-se na cara, olhei a minha volta, e eles ainda não tinham acordado, nem o Ryan.
Estava no colo de Ryan, por isso para ele deixar de suportar o meu peso, passei para o outro sofá.
Ajeitei o meu cabelo, e esperei que algum deles acorda-se.

Acordei quando me senti mais leve, um peso reconfortante tinha saido de cima de mim e isso encomodou-me. Abri os olhos e vi Anne no outro sofá já acordada a olhar para eles.
- Como estás princesa? - perguntei-lhe.

Olhei-o e encolhi os ombros.
- Desculpa ter adormecido em cima de ti. - murmurei.
Aproximei a minha cara da dele, e beijei a sua face.

-Não tens de pedir desculpa, gostei muito de te sentir assim pertinho. - disse e virei-lhe a cara para os nossos lábios assim se encontrarem. Colaram-se apenas por uns segundos.
Não tardou a aparecer um médico para ver como eles estavam.

Assim que o médico entrou olhei para Ryan.
- Deves estar todo dorido. - murmurei, junto dele, para que o médico não ouvi-se.
O médico começou a andar á volta das duas camas, e a tirar anotações.

- Não estou. - admiti. - Tens um namorado forte!- disse para aliviar o clima.
Depois de o médico tirar as anotações, disse-nos bom dia e indicou-nos o bar para poder-mos comer alguma coisa. Anne preferio ficar, então eu fui até ao bar e comprei duas tostas mistas com dois leites com chocolate e voltei ao quarto. Pousei as coisas em cima da pequena mesa ao lado dos sofás e chamei Anne para perto de mim.