Dormitório Feminino

- Anda cá. - E puxei-a, rolando-nos na cama. Começei a fazer-lhe cócegas e a beijar-lhe o corpo todo.
Ri-me ao ver a cara torcida dela e continuei, depois dando beijinhos no seu peito.

- Não, Rob, pára! - comecei a rir-me quando senti as mãos dele a fazerem-me cócegas.
Ao mesmo tempo que me fazia cócegas começou a beijar-me o peito calmamente.
- Robert, pára imediatamente. - pedi, rindo-me.
Só queria que ele parasse as cócegas, os beijos não.

Depois de um belo banho dirigi-me novamente ao quarto.
Bati à porta e espreitei, Jullie e Martin conversavam. Entrei e apercebi-me de que o meu cheiro tinha invadido todo o quarto. Martin fixou os seus olhos em mim apreciando-me, o que me fez corar e sorrir.
- Estou pronta! - sorri-lhes.

Fiquei á conversa com Jullie enquanto Jaz foi tomar banho.
Ela voltou e eu olhei-a de alto a baixo:
- Onde pensas que vais assim... tão... arranjada ? - perguntei, fazendo beicinho.

- Eu ia sair com o meu namorado e com a minha companheira de quarto, mas...visto que o meu namorado está morrido de cansaço. - soltei uma gargalhada. - Vou à discoteca com a minha companheira de quarto. - disse. Sentei-me a seu lado e soltei umas gargalhadas com o seu beicinho. - Eu não estou nada de especial. - disse enquanto brincava com a trança que assentava sobre o meu ombro.

Senti-a enroscar-se mais junto a mim, o que me fez rodeá-la com os meus braços. Tinha medo do que poderia acontecer a seguir, tinha medo de que ela ainda nutrisse algum sentimento pelo seu ex-namorado, mas acima de tudo tinha medo...de a perder. Estes pensamentos fizeram com que um nó se instalasse na minha garganta. Tudo o que eu menos queria era ter de aprender a viver sem ela...Apercebi-me de que a queria mais que tudo.
- Abbey... - foi tudo o que consegui proferir, o nó que se alojara na minha garganta impedia-me agora de falar. Quando ouvi Abbey bocejar, tentei aclarar a voz. - Queres dormir? - perguntei ainda perdido nos meus pensamentos.

- Muahh, não! - E continuei a fazer cócegas, aproveitando para lhe tirar a roupa do corpo.
Puxei-a para cima e fiquei no meio das suas pernas, beijando-a demoradamente.
Estar com ela já era normal, um hábito que não queria que se evaporasse.

Ri-me:
- Vês ? - perguntei a Jaz, olhando-a. - A Jullie não se vai embebedar, logo posso dormir em paz, porque não é preciso ir buscar-vos. - olhei para as duas e ri-me.

- Sim tens razão Martinzinho, e é por isso que eu e a Jazinha vamos andando. - peguei na minha mala e segui em direcção à porta. Cruzei os braços por baixo do peito e olhei-os. Olhei para o relógio de parede do quarto.- Fico aqui fechada mais dois minutos que seja e entro em depressão. - Sem querer lembrei-me do ditado e da minha primeira conversa com Caleb, baixei o olhar rindo-me e mordi o lábio.

Ri-me com o que Martin tinha acabado de dizer. - Sim vejo.. - gozei.- Martinzinho...Jazinha? Oi? - comecei a rir-me gozando com Jullie. - Pronto vamos lá que eu não quero ter uma depressiva no meu quarto, ainda me pega... - levantei e peguei na minha mala, colocando lá dentro o telemóvel. - Ah! Mas vamos no meu carro! - disse pegando nas minhas chaves.- Amor como viste tenho mesmo de ir sim? Amo-te! - disse indo em direcção a Martin e beijando-o.

Ri-me delas as duas.
Retribui o beijo a Jaz.
- Qualquer coisa mandem mensagem... - olhei as duas.

- Não te preocupes tá paizinho? - pus a língua de fora.
- Até logo. - disse preenchendo-o com beijos.
Dirigi-me a Jullie e olhei-a soltando uma gargalhada. - Vamos ó deprimida?

Deitei-me na cama de Jaz e acabei por adormecer.

Apercebi-me de que Abbey reparou na minha mudança de humor repentino, tinha receio de que ela pensasse de que me arrependera, o que não era de todo verdade.
- Abbey eu sei que pode parecer estranho e vindo do nada o que eu te vou dizer mas... - inspirei, como que a ganhar coragem para o que se seguia. - Mas não me arrependo nem um segundo do que aconteceu...foste a melhor coisa que me aconteceu.. - disparei e quando terminei olhei-a esperando a sua reacção.

Ouvi tudo o que Abbey disse sem nunca interromper,tal como tinha feito quando ela me contara a sua história.
- Shh... - coloquei um dedo sobre os seus lábios. - Eu é que não te mereço...és linda, espontânea...és perfeita! - acariciei a sua face. - E quanto à rotina, não te preocupes, no que depender de mim isso não vai acontecer. - declarei. Pouco depois é que apercebi do Abbey tinha dito, o que fez voltar à realidade. - Abbey esta conversa quer dizer que...tu sentes algo por mim? - perguntei um pouco com medo da sua resposta.

- Como queiras princesa. - tomei um banho rápido , lavei os dentes e deitei-me na cama de Anne apenas em boxers. Aguardei até que Anne já se encontrava igualmente pronta e se juntou a mim. Aconcheguei-a junto a mim e dei-lhe um pequeno beijo de boa noite. - Boa noite amor. - Disse e esta enrroscou-se no meu peito. Não tarda-mos a adormecer.

Acordei com alguns raios de sol a baterem-me na cara, visto que ontem á noite não tinha fechado a janela.
Ryan ainda dormia.
- Ryan... acorda... já é tarde... - murmurei, ainda meia ensonada.

Acordei com o murmurio da voz de Anne no meu ouvido. Tentei abrir os olhos, mas estes foram rápidamente obrigados a fechar devido à claridade que se encontrava naquele quarto. Levei as mãos à cara esfregando os olhos para que estes se abrissem. Abri os olhos ainda meio semicerrados para me habituar à claridade do quarto. Pousei as mãos uma de cada lado do meu corpo e fiz força para que estas apoiassem o meu corpo e este subir e encostar-se na cabeceira da cama. - Bom dia...- murmurei também meio ensonado.

Encostei-me também á cabeceira da cama, ao lado de Ryan.
- Dormiste bem ? - perguntei sorrindo.
Olhei o meu telemóvel, e já passava do meio dia.
- Já viste as horas ? - ri-me.

Anne ajeitou-se a meu lado. - Sim e tu ? - disse e passei as costas da minha mão por uma das suas faces brancas e macias. Anne alertou-me para as horas. - Não é assim tãããão tarde! Se tivesse-mos dormido mais uma horinha ninguém morria. - ri-me. Aos fins de semana em casa eu acordava sempre por volta da uma e meia da tarde, por isso passar do meio dia não era nada grave para um amante de dormir como eu.

- Também. - sorri, voltei a pousar o meu telemóvel em cima da mesa de cabeceira. - Já vi que adoras dormir... - ri-me. - Isso justifica, passar manhas, sem ter notícias tuas. - ri-me ainda mais. - E não tenho direito a nada, da tua parte ? - perguntei, fazendo um sorriso adorável, o qual ele adorava, olhando-o nos seus olhos verdes.

-Sim adoro... - ri-me com a justificação que Anne arranjou para os dias em que não lhe digo nada de manhã.- É, essa é o senão do meu 'vicio'... - rimo-nos.- Da minha parte tens, aliás da minha parte tens direito a tudo!- Pus-me de joelhos na cama e agarrei nas suas coxas, fiz com que Anne desliza-se e se volta-se a deitar. Apoiei uma mão em cada lado do seu corpo e dei-lhe um beijo demorado. - Bom dia princesa.. - repeti como se só tivesse-mos acordado agora, não conti uma pequena gargalhada. Tirei as mãos do seu redor e deixei-me cair para o meu lado da cama ficando assim, deitado.