Jardim principal

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Então de certeza que tens vocação para isso. - sorri.
- Eu quero direito, para proteger a sociedade dos mauzões. - consegui rir-me.

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- Hhahah , é bem . - ri-me da maneira que ela tinha falado. - Se correres atrás deles como hoje te vi a correr na passadeira, acho que vais ser bastante conhecida... - lembrei-me dela a correr à velocidade da luz e sorri.

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Podes crer que corro, o que for preciso. Por acaso, costumo mesmo correr à velocidade 20, tenho que manter a minha forma física. Sou modelo nos tempos livres e a minha imagem é importante. - contei-lhe.

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-És modelo? - perguntei espantada,

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Sou. E também já fiz uma participação num filme, adoro esse mundo. Não gosto da fama, mas gosto de representar e de fotografar/ser fotografada. Tu gostas de algo dentro desse ramo? - inquiri curiosa e comecei a arrancar pedacinhos de relva.

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- Para mim não, mas conheço bastante gente famosa. A minha mãe é uma estilista de sucesso e trabalha com gente muito conhecida. Não tenho nada contra, pelo contrário, gosto.- sorri, secalhar até conhecia Abbey..quem sabe..

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Espero a tua mãe é a Elizabeth Gilbert? Oh Meu Deus. - sussurrei espantada. Reparei que tinha ficado boquiaberta - Ela desenhou-me um vestido lindíssimo, ela é mesmo espectacular. A sério, agradeço-lhe imenso. Para além disso, tem uma filha fantástica. - pisquei-lhe o olho e ri-me.

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- Sim é , oh ela fica contente por teres gostado, aposto . Eu também tenho montes de roupa feita por ela , como é um bocadinho óbvio..-ri-me- Não é por ser minha mãe, mas adoro o trabalho dela!. Oh que querida. - sorri e corei, ela era uma pessoa bastante querida e simpática, nem parecia a bipolar Abbey que descrevia.

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Imagino, és uma sortuda. O trabalho da tua mãe é mesmo perfeito! - ri-me.
É apenas a verdade. - sorri-lhe.
Até consigo ser simpática, não consigo? - gozei.

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- Bastante simpática...Nem pareces ser tão bipolar como dizes...- ri-me , parece que a minha tentativa de distrair Abbey dos problemas estava a sortir algum efeito , sentia-me contente por isso.

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O meu problema também é o mimo, quando não me fazem as vontades torno-me difícil de lidar o que é péssimo. É algo que tenho vindo a tentar controlar, mas é difícil porque é mesmo a minha personalidade. E é aí que me torno mais instável. - torci o nariz - Mesmo assim, tenho picos de humor.

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Olhei para onde Anne olhava; a minha vontade foi encolher-me e fugir dali. Mas não o fiz, afinal de contas, tinha sido ela quem tinha escolhido.
- Os problemas são entre mim e ela, não tem nada haver contigo, - directamente, acrescentei para mim.

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- oh, todos nós temos defeitos , e não tens que te sentir má pessoa com isso. Temos que aprender a lidar com os feitios dos outros, até que os dois se moldem um ao outro e se entendam. Acho se calhar foi isso que aconteceu com vocês - virei-me para olha-los - não deram tempo ao tempo para se habituarem o suficiente a cada um. É por isso que digo que deviam conversar...

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- Desculpa, a culpa é toda minha, nem sei como consegues falar comigo... - disse, enquanto me caia uma lágrima do olho, odeia ver as pessoas chateadas por minha causa, Tom era um bom amigo e não lhe merecia o que eu tinha feito.

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- Anne, não chores... - pedi-lhe, vendo uma lágrima cair-lhe pela face.
Não sabia o que fazer, não estava habituado a lidar com pessoas sem ser da minha família ou Abbe.
Por impulso, aproximei a minha mão da sua face e limpei-lhe a lágrima.

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Tens razão, mais uma vez. Tens a certeza que não queres ir para psicóloga? - soltei uma gargalhada.
De repente, consegui aproveitar o ângulo em que Jullie se tinha posto e vi-os. Senti o nó que tinha no peito, aumentar consideravelmente juntamente com uma sensação de raiva e adrenalina, para lhes partir a cara, que me fez tremer. Sentia-a como um raio que me tinha atingido, permitindo que a sua corrente eléctrica descarregasse no meu corpo. Levantei-me nervosa, ao ver Tom com a mão na cara dela. Filho da puta. Decidi ir por um caminho alternativo em que sabia que eles não me viam, mas eu iria ver tudo. Não sabia se Jullie vinha atrás de mim, mas comecei a andar, passando por várias pessoas.

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-Tenh...
Abbe começou a andar em direcção deles, Tom encontrava-se com a não na cara de Anne, eles estavam a levar aquilo longe de mais, visto que ainda à umas meras horas atrás viviam um momento muito apaixonadas. Levantei-me rápido e corri para tentar impedir Abbe de um enorme escândalo.
-Abbe calma! Ele...ele... está só a tirar-lhe uma pestana da cara! - Que desculpa parva, mas foi o que me lembrei em primeiro lugar.
Acelerai o passo e agarrei-lhe no pulso.
- Hey Abbe! Onde está a atitude do ''passa-me ao lado'' ?

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Continuei a andar até que ouvi Jullie atrás de mim. De repente, ela agarrou-me o pulso e a minha primeira sensação foi sacudir a mão dela, mas depois lembrei-me de tudo o que ela tinha feito por mim e afrouxei.
Achas? Claro que não está. Ele é um falso, um cabrão, um traidor, um mentiroso. ARG. - disse. - Acho que essa atitude morreu. Odeio-o tanto, mesmo. Nem tens noção.

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-Onde isso já vai! É por isso que vocês estão assim! Por ambos ferverem em pouca água, se nenhum tentar mudar isso, nada feito. - Dei-lhe a minha opinião, ela não a quis seguir, acho que já não havia mais nada a fazer. Larguei-lhe o pulso. - Tentei ajudar-te, mas a vida é tua, não a posso comandar eu. Se é isso que queres e que achas certo, força, vai em frente.. - Custava-me vê-la assim e não ligar ao que lhe tinha dito..mas já devia estar habituada a estas típicas reacções do , 'tens razão e obrigada' e depois puff, esqueceu-se.

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Ele limpou-me a lágrima que tinha escorrido na minha face. Abraçei-o com força e murmurei:
- Desculpa...

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Acabei por abraçá-la também:
- Não o peças!
Olhei para o local onde Abbe se encontrava, já não estava lá.

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Não sei como o fiz mas dei por mim, a beija-lo.

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Tirei o telemovel, tirando uma fotografia discretamente. Disse á Mia que ia dizer ao Bryan...e supostamente ia haver confusão.

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De um momento para o outro, ela estava com os lábios colados aos meus.
No primeiro momento, fiquei em choque e quieto, no segundo tentei afastá-la:
- Não, Anne... - disse-lhe baixo.

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- Desculpa Tom, não sei como isso foi acontecer, percebo-te se não quiser voltar a falar comigo. - disse, levantado-me, para me ir embora.

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